Separatistas do Triângulo por Paulo Franco
Nós do movimento separatista jamais descansaremos enquanto não
Vermos que a nossa luta chegou ao fim.
Não temos representantes que são da nossa região que nos possa
Apoiar com a real necessidade que temos.
Sem duvidas estamos desunidos e o movimento tem muitos focos
Espalhados e independentes.
Aqueles que fizeram a história do triângulo e ainda sentem na boca
O gosto de sangue, que viu e vivou momentos de exclusão nunca
Desiste e continuará a lutar até o grito da vitória.
São Paulo desfrutou das riquezas do triangulo, depois foi a vez de
Goiás e por ultimo o atual Estado que muitas vezes nos desamparou
E depois que crescemos jamais deixara a galinha de ovos de ouro
Escapar das suas garras, Minas Gerais nos governa com cetro de ferro.
Por Paulo Franco.
Sáb, 10 de setembro de 2011 16:50
Ultimas e tristes noticias:
O Sonho acabou: Supremo sepulta criação do ´Estado do Triângulo´
Sáb, 03 de Setembro de 2011 08:52
Desmembramento é visto agora como improvável por lideranças locais
Redação da Rede Hoje
Reportagem: Brasilia - O Tempo - Parceiro do Patrocínio Hoje
História: "Jornal do Estado do Triângulo"
FOTO: ROOSEWELT PINHEIRO/ABR
Unânime. Decisão do STF, relativa a ação impetrada pelo Estado de Goiás, passou quase despercebida
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pode colocar fim definitivo ao já enfraquecido movimento separatista do Triângulo Mineiro - que defende a criação de um Estado independente, que corresponderia à região mineira. Em uma decisão que passou despercebida, no último dia 24, os ministros do STF entenderam, por unanimidade, que um plebiscito para a separação de uma unidade da Federação deve envolver não somente a população do território a ser desmembrado, mas a de todo o Estado.
Dessa forma, todos os mineiros deveriam escolher entre a separação do Triângulo Mineiro ou não, o que, na opinião do deputado estadual Romel Anízio (PP), representante da região na Assembleia Legislativa de Minas, frustra completamente as expectativas dos defensores do desmembramento. "O sentimento de exclusão do resto de Minas, que motivou a criação do movimento, hoje em dia já não faz mais sentido", diz. A mesma opinião é compartilhada pelo deputado federal (PT-MG) Gilmar Machado. "É preciso entender que somos mineiros antes de tudo", afirma o representante do Triângulo Mineiro no Congresso.
A deputada estadual Liza Prado (PSB) não vê mais a mobilização popular sobre a questão, como já existiu no passado. "Acredito que agora a iniciativa está praticamente inviabilizada", afirma. "Mas acredito que seja interessante ao menos ouvir a população sobre essa possibilidade, mesmo que ela não seja efetivada", completa a parlamentar.
Histórico. O movimento separatista do Triângulo é antigo e surgiu em 1988, na época da Assembleia Constituinte, e chegou ao Congresso com um projeto de decreto legislativo que pedia a convocação de um plebiscito sobre o assunto em 2006. Caso fosse aprovado, um projeto de lei complementar iria propor a criação do Estado do Triângulo. O texto foi arquivado em janeiro deste ano na Câmara Federal.
O autor
Elismar Prado. O autor do projeto que pedia a convocação do plebiscito, deputado Elismar Prado (PT), não foi encontrado ontem para falar sobre o assunto. Sua assessoria afirmou que ele cumpria agenda pública em Unaí.
STF
Ministros foram unânimes
O julgamento do STF foi motivado por uma Ação Direta de Inconstitucionalidade da Assembleia Legislativa de Goiás (Algo) que questionava a validade da primeira parte do artigo 7º da Lei 9.709 de 98.
O artigo exige a manifestação de todos os eleitores do Estado e a Assembleia goiana entendeu que ele "viola a soberania popular e coloca em risco o exercício da cidadania, obstruindo o desmembramento de Estados". Alegou ainda que, ao ouvir os cidadãos que não fariam parte do novo Estado, a reprovação do desmembramento seria certa.
Segundo o ministro Dias Toffoli, relator da proposta, a alegação não tem nenhum respaldo jurídico. "Pelo contrário, também a parte remanescente é afetada e, portanto, tem de ser ouvida democraticamente", enfatizou Dias Toffoli.
Com a definição pela constitucionalidade do artigo, a decisão passou a ter validade para todo o Brasil, incluindo o Triângulo Mineiro. (LA)
O Estado do Triângulo existe: Somos nós
Muitas foram as defesas em favor e contra. A Rede Hoje sempre foi favorável à criação do Estado do Triângulo. Quando, em Uberaba, o diretor presidente da TV Manchete, Ney Martim Junqueira, assumiu a CET(Coordenação Geral pela Emancipação do Estado do Triângulo) e como coordenador geral, organizou o movimento na região, Luiz Antônio Costa, hoje diretor da Rede Hoje ( na época, diretor de jornalismo do Sistema Difusora de Rádio e repórter da TV Manchete no Alto Paranaíba ), era membro ativo do CET no Alto Paranaiba. Os argumentos abaixo - reproduzidos em resumo - é um trabalho do advogado uberabense Gleibe Terra, e reproduzimos como dados históricos.
Este pequeno trabalho tem como objetivo registrar a memória de um movimento, que completou neste ano, mais de um século e meio, ou seja, 168 anos. E também o objetivo de acabar com a grande ilusão e farsa de que o caminho do progresso é eleger políticos comprometidos com o governo de Minas para nos fortalecer.
“Nunca tivemos poder político, não temos e nunca vamos ter se desta maneira proceder”. Porque? Por que o potencial de voto de Minas é maior do que o do Triângulo. Ademais, o comando político fica centralizado em Belo Horizonte. A participação do Triângulo no governo sempre foi inexistente, atualmente são poucos os nossos representantes no governo.
A criação do Estado do Triângulo nos resgata o poder político, teremos Governador, três Senadores, e, uma bancada Federal e outra Estadual, composta de homens envolvidos com os problemas da nossa região.
Portanto, a emancipação somente será alcançada no momento em que a população triângulina conscientizar que o movimento de separação é essencialmente POLÍTICO. E com esta conscientização começar a eleger somente homens da região e que tenham compromissos com o emergente Estado do Triângulo.
EMANCIPAÇÃO DO TRIÂNGULO
Uma luta de 168 anos pode com a vontade de seus filhos ser o início de mais uma história. Por iniciativa do vereador Tony Carlos (PL), Presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Uberaba, ações políticas estão sendo articuladas com a finalidade, de novamente, aglutinar todos os vereadores da área verdadeiramente interessada na emancipação, podendo ser o início de uma grande luta em favor da divisão territorial. O movimento está envolvendo políticos da esfera federal com poderes de votarem projeto que transforme a região do Triângulo, primeiramente, em território federal, para posterior concretização em Estado.
Historicamente a luta de separação completou 168 anos, ou seja, desde 1837, quando um fazendeiro de São Domingos do Araxá, surgiu com a idéia da emancipação. Fortunato Botelho, visionário, idealista, republicano deu início a um movimento que levaria a região, à busca de uma libertação da “coroa”. Mais tarde, em 1875, foi o revolucionário francês, Henrique Dês Genettes, que se somou ao movimento insurgente, batizando o “Sertão da Farinha Podre” de “Triângulo”. Assim, em 1888, foi à vez de Augusto César receber mais de três mil cartas de adesão à sua luta pela separação. No começo do século passado, os moradores de Uberaba, se mobilizaram contra a retirada do Instituto de Zootecnia e a transferência do Batalhão e Polícia, para Belo Horizonte. Em 1906 criou-se o clube Separatista, e, em 1920, aos jornais “O Triângulo” e “Lavoura E Comércio” se juntou o periódico “Separação”, promovendo campanha publicitária da luta para a efetiva separação da região, que, em 1930 teve no presidente Washington Luiz, um simpatizante que tentou convencer aos seus Ministros a criarem o Estado do Triângulo, fazendo a capital em Uberaba. Entretanto, com o advento do Estado Novo, o movimento do Triângulo, entre 1937 a 1945, foi sufocado por 08 anos.
A chama libertária não estava apagada. O movimento dos comerciantes e pecuaristas de Uberaba em 1946 reviveu novamente a idéia de separação e, em 1952, houve uma tentativa isolada do Deputado Mário Palmério, de Uberaba, que unindo, o útil ao agradável, tornou o tema “Separação do Triângulo” mote de sua campanha política. Em 1960 com o crescimento em número de adeptos à causa da separação, fato que proporcionou, em 1968, com a liderança das Associações Comerciais e Sindicatos Rurais da região a criação da União para o Desenvolvimento e emancipação do Estado do Triângulo.- UDET -.
Muitos aproveitaram da idéia e com ela obtiveram sucessos políticos partidários, mas nenhum conseguiu a mobilização encabeçada por Chico Humberto. Em 1987, eleito Deputado Constituinte, o Uberabense radicado em Uberlândia, na fixação em Brasília como deputado, ocupou o mesmo Gabinete que era destinado ao deputado Juarez Batista, que naquela oportunidade não havia conseguido a sua reeleição. Quis o destino que o assessor do deputado constituinte eleito, vasculhando os móveis do gabinete que estava sendo ocupado, pelo novo inquilino, encontrasse um rascunho do projeto de “Separação do Triângulo”, amarelado pelo tempo. Com o rascunho em mãos, o jovem deputado constituinte – separatista desde a sua infância - tão logo se instalou o trabalho da Assembléia Nacional Constituinte, entrou em contato com o prefeito de Frutal, Celso Brito, que já havia iniciado um trabalho junto as
Câmaras de Vereadores do Triângulo e Alto Paranaíba e como bom articulador, juntou-se aos seus companheiros de partido e os da campanha política que o haviam elegido e partiram para uma estratégia de sustento a idéia de separar o Triângulo do Estado de Minas Gerais. Era naquele momento necessário aglutinar todas as forças vivas da região, sobretudo a imprensa, como formadora de opinião. Em Uberaba, depois de sucessivas reuniões de convencimento, o diretor presidente da TV Manchete, Ney Martim Junqueira, assumiu a CET(Coordenação Geral pela Emancipação do Estado do Triângulo) e como coordenador geral, organizou o movimento na região. O trabalho estimulado pelo Deputado Chico Humberto, na Constituinte, enfrentou pressões diversas, organizadas e articuladas pelos adversários da libertação do Triângulo, amparadas pelos Governadores de Minas e Bahia. No final, em votação memorável, com as galerias da Câmara dos Deputados, tomadas por triângulinos ávidos pela liberdade da região, viam esvair-se o sonho, a cada voto que era dado e no fim daquela sessão, nas mãos do Deputado Petista, José Genoíno que havia prometido o voto da bancada em favor de um plebiscito, diretamente na região interessada, depois que teve a visita da vice-governadora Júnia Marise, de Minas Gerais, na última hora mudou de opinião. Votou contra o Triângulo, derrubando naquela votação o sonho de milhares de triângulinos e nas galerias, de mãos dadas, os presentes entoavam com lágrimas nos olhos o “Hino Nacional”.
A luta da emancipação reacende no ideal do vereador Tony Carlos, que continua em 2005, a mesma vontade do Fortunato Botelho. Passaram-se 168 anos, mas o ideário é o mesmo. O sonho continua e certamente haverá, em algum momento da história de concretizar a separação do Triângulo, tornando-a realidade.
O POVO TRIÂNGULINO QUER SEU ESTADO
A economia do Triângulo vem obtendo posição importante no cenário sócio político e econômico nacional. A dinâmica e estrutura socioeconômica têm mostrado alternativas para conviver com a crise, o que resulta no sentimento do poder das elites produtoras e faz com que apontem como nunca para uma maior autonomia. Da mesma forma deparamos com constantes pressões do poder público regional pelo municipalismo das ações do governo, o que não deixa de ser um movimento também de âmbito nacional.
Das conclusões obtidas, através da análise dos problemas, vemos que as potencialidades da região do Triângulo, para serem aproveitadas convenientemente, precisam ser muito bem administradas. A origem dos problemas da região está na estrutura econômica urbana muito concentrada e na falta de recursos para a maioria dos municípios, como resultante da política tributária nacional.
Entre os municípios do Triângulo, abrangendo o Alto Paranaíba, encontram apenas sete municípios com uma dinâmica econômica capaz de fazer frente às necessidades de uma população urbana com perspectiva de desenvolvimento. São muitos os municípios desprovidos de recursos e destes, uma grande parte foram apontados com tendo um nível de carência avançado em termos nacionais e entre eles, alguns apresentam perda de população urbana nessa última década.
A preocupação é conseguir uma concentração de esforços para aprimorar e expandir a estrutura urbana, como uma definição de uma política de investimento, considerando que o fluxo migratório é conseqüência de uma distribuição falha de renda.
Assim, a emancipação corrigirá os erros ocasionados pelo descaso da elite política mineira e, sobretudo o abandono pelo poder público estadual concentrado no eixo de Belo Horizonte.
Nesse momento é fundamental que se mantenha acesa a chama emancipacionista, inclusive com a participação da juventude e, sobretudo das associações de bairro e demais segmentos da sociedade triângulina.
A sociedade deve-se mobilizar para de forma organizada manter viva a chama emancipacionista, criando em cada município do emergente Estado do Triângulo, núcleos que possam influir no processo de propagar a idéia maior da criação do Estado.
A criação do Estado do Triângulo irá, sem dúvida, trazer benefícios para toda região: vai possibilitar a nossa aproximação com o governo estadual, ficando mais fácil mostrar nossas carências e buscar nossas soluções; serão reduzidas as distâncias entre os municípios e a capital do Estado, fator de integração e economia; trará oportunidade de reestruturar o espaço social; os bens aqui produzidos com nossos esforços serão revertidos em nosso benefício. A criação do Estado do Triângulo significará, sobretudo, desenvolvimento para a região e dias melhores para a nossa gente. Defendendo esta idéia que conta com apoio de político, lojas maçônicas, associações de bairros, sindicatos patronais e de trabalhadores, clubes de serviços, religiosos, estudantes, lavradores, empresários, profissionais liberais, o povo que cultiva e acalenta essa idéia há 168 anos.
A redivisão territorial concorrerá para a divisão dos problemas administrativos e poderá gerar desenvolvimento e progresso. Minas Gerais tem área bem maior do que a França e é constituída de regiões heterogêneas e desvinculada entre si politicamente, social e economicamente. O Triângulo, pela sua colocação geográfica, tornou-se passagem obrigatório para o norte e nordeste, conheceu com a pujança e trabalho de seus habitantes, o progresso e evolução que autorizam a vocação emancipacionista. O Triângulo está historicamente separado de Minas Gerais e alcançou o atual estágio de evolução e progresso, graças ao trabalho de seus habitantes.
A luta do Triângulo é para que todo o potencial e a riqueza de seus municípios, sejam aplicados e administrados pelos próprios habitantes.
O TRIÂNGULO E SUA IDENTIDADE
A história do Triângulo começa antes da descoberta do Brasil, pelos portugueses, começa pela ocupação de seu território pelos índios Caiapós. O primeiro núcleo da raça branca, a Vila de Sant’Ana do Rio das Velhas, surgiu com os Jesuítas, em missão de catequese. Logo depois, os bandeirantes chegaram ao antigo Sertão da Farinha Podre, sendo Bartolomeu Bueno Filho, em 1722, o primeiro atravessar a região, abrindo a “picada de Goyaz” ou “Estrada Real” rumo a Goiás e Mato Grosso, ponto de passagem obrigatório para colonizadores e aventureiros.
A formação de algumas vilas de criadores de gados foi conseqüência natural de grandes migrações comerciais ocorrida, à medida que acabaram os minérios, ao longo da “picada de Goyaz”, além do crescimento das vilas já existentes no Sertão da farinha Podre.
O Triângulo, antes de ser anexado à Capitânia das Minas Gerais, pertenceu na época da divisão do Brasil em Capitanias, às capitânias de São Paulo e Goyaz.
Atualmente a região do Triângulo é uma das mais ricas e progressistas de Minas. Sua evolução mostra que as relações comerciais com Minas Gerais, sempre foram escassas mas, desde 1889, iniciou intensivas negociações com São Paulo, possibilitadas pela facilidade de comunicação. Naquela época, com o crescimento da população e uma economia com o predomínio para as plantações de café e cana-de-açúcar, os paulistas foram levados à importação de alimentos de Goiás. Com isso, São Paulo estendeu até o Triângulo a estrada de ferro Mogiana, em l889, e a estrada de ferro de Goiás em 1910. Com a chegada dos emigrantes Libaneses, Sírios e alguns Turcos, a vida da região passou a ser o comércio e Uberaba tornou-se o maior centro brasileiro de importação do gado zebu.
Com a ligação via estrada de ferro à capital de São Paulo e estradas pavimentadas a todo interior e capital paulista, o Triângulo pela sua colocação geográfica, passou a ser o elo entre o sul e norte e nordeste.
UMA REGIÃO RICA
Além das suas posições geográficas estratégica, que possibilitaram a vantajosa ligação com os Estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o Triângulo é uma região privilegiada em recursos naturais: solo, clima, topografia, riquezas minerais, recursos hidrográficos, vegetação. Sua agricultura diversificada é responsável por 48% da produção de grãos do Estado. O Café aqui produzido é o melhor do país e, também em volume, representa grande parte da riqueza de Minas. A pecuária de corte e leiteira é bastante ativa, com uma produção que abastece os mercados nacional e internacional, sendo um dos esteios da economia de Minas Gerais. O potencial hidroelétrico reunido da região é o maior do mundo, com grandes cachoeiras ao longo dos rios, Grande e Paranaíba e, ainda, detêm o maior volume hidroenergético do País, com 16 hidroelétricas. Estão também no Triângulo as maiores jazidas brasileiras de nióbio, um grande pólo petroquímico sediado em Uberaba, responsáveis por milhares de empregos.
A região possui, além de excelente estrutura básica, moderna rede de comunicação, universidades, escolas de todos os níveis, duas ferrovias e grande número de rodovias estaduais e federais e ainda com escoamento de sua produção via navegação, através do porto de São Simão, no rio Paranaíba.
Seu potencial econômico é comparado aos grandes Estados da federação, tendo uma arrecadação de taxas e tributos e impostos responsáveis pela geração de um alto percentual do produto econômico mineiro. Graça ao trabalho de seus habitantes, levados pela riqueza, pela localização excelente da região, com escoamento de seus produtos para todo o norte/nordeste e sul do país, o Triângulo vocacionado pelo vento da maioridade, certamente, conseguirá a sua emancipação política, luta atual para que todo o potencial e a riqueza de seus municípios sejam aplicados e administrados pelos próprios habitantes.
DIVISÃO TERRITORIAL
A racional redivisão territorial do Brasil atenderá o anseio de progresso de diversas regiões, que diante de suas peculiaridades, modo de vida, cultura, aspectos socioeconômico, estão estranguladas sob o comando do governo estadual dominante, por força da atual divisão política do país.
O Triângulo não é uma exceção, há mais de 168 anos, os seus habitantes desejam a emancipação, a fim de que, possa administrar as suas riquezas e expandir a sua cultura, a sua própria história, enaltecendo os seus feitos e suas conquistas, sempre direcionadas para o progresso e bem estar social da sua gente.
O emergente Estado do Triângulo está alicerçado na grande vontade popular do seu povo, não há ninguém melhor do que o triângulino, que reconhece o interesse das Minas Gerais em manter a atual divisão política do país, entretanto, é hora de conscientizar os mineiros que o destino da gente triângulina deve ser respeitado, da mesma forma que o triângulino reconhece a pujança de Minas, o governo das alterosas deve, também, reconhecer a vontade popular e no mínimo deixar que o povo da região do Triângulo caminhe com as suas próprias pernas.
Assim, os mineiros que tem em “Tiradentes”, o mártir da liberdade, devem sentir como sentem os triângulinos que buscam a sua liberdade territorial.
E, tendo o lema dos mineiros, o emergente Estado do Triângulo, proclama: LIBERDADE MESMO QUE SEJA TARDE. LIBERDADE...LIBERDADE.
Essa liberdade será bem vinda, pois Minas como um pai estará dando na maioridade do seu filho, o exemplo de luta, trabalho e progresso. Triângulo e Minas terão no Congresso Nacional mais força nas decisões políticas, pois, sempre somarão juntas nas ações em favor de ambos.
VONTADE HISTÓRICA
A emancipação política da região do Triângulo e Alto Paranaíba é uma questão de vontade histórica de um povo, cujo passado de luta, autoriza a manifestação sólida da gente triângulina, tendo em vista, o descaso que sempre foi tratado pela elite administrativa das Minas Gerais.
O Triângulo busca com a sua maioridade, ajudar a redivisão territorial do Brasil. Para a formação de um país de feição forte, e, administrativamente correta, sem as mazelas da corrupção.
A emancipação da região Triângulina servirá como laboratório para a real redivisão do país, possibilitando a maior autonomia dos Estados e Municípios.
O Estado do Triângulo, que mais cedo ou mais tarde, se tornará uma realidade, demonstrará à nação de que dividido o Brasil em outros novos Estados, com governos próprios e característicos às suas potencialidades regionais e culturais, proporcionarão à administração direta da nação a grande chance do processo efetivo, com a criação de novas riquezas e oportunidades que ainda mais enriquecerá o país.
A riqueza do país não é somente a do solo, que as Minas Gerais possui. A riqueza é a capacidade de criá-la, usando da inteligência e dos meios, para alcançar o progresso. O Triângulo possui está capacidade e aliado ao seu solo, a sua gente e à capacidade produtiva, demonstrará ao Brasil, que essa região, denominada mesopotâmia brasileira, emancipada, será um Estado de administração terceirizada que servirá de exemplo ao resto do país.
O Triângulo emancipado ocuparia a oitava posição no cenário nacional. O Triângulo perderia somente para os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Paraná e Santa Catarina.
Portanto, o emergente Estado do Triângulo é uma questão de tempo e vontade política de seus deputados federais, dos atuais ou dos que futuramente venham dignificar a sua gente encampando o sonho de todos.
CULTURA TRIÂNGULINA
A cultura triângulina deve ser vista por dois ângulos distintos, um como parte do processo de aculturação em Minas Gerais, e como extrato alheio a esse sistema. De forma desconexa no panorama estadual é indiscutível que nenhuma região é menos mineira que o Triângulo.
Enquanto que as outras regiões que compõem as Minas Gerais possuem como legado antropológico, uma cultura homogênea, mineira, na mais nítida feição da exploração populista, a nossa provém de um processo totalmente distinto.
Aqui, a vangloriada “mineirice” não encontra ressonância, já que a nossa população não é propriamente “mineira”, mas resultante de uma mistura de diversos tipos étnicos, humanos e sociológicos.
O Triângulo é formado a partir de elementos Goianos, Paulistas, Mato-grossenses e com o ingrediente internacional da família Árabe, detém notáveis idiossincrasias.
No Triângulo, a argúcia do goiano congrega-se ao espírito empreendedor do paulista e à meticulosidade do mato-grossense, com a sabedoria árabe.
É tão ínfima a influência mineira na região, que está o Triângulo divorciado de todas as noticias do eixo metropolitano das alterosas. O jornal mineiro mais lido em Minas, mal atende a área metropolitana e a região não está ligada à capital dos mineiros por nenhum órgão de informação, mesmo com a tentativa de fazerem chegar aqui às televisões alterosa e da assembléia legislativa, mesmo assim, a preferência maior é pelos nossos órgãos noticiosos próprios e aos interligados ao eixo Rio-São Paulo.
O Triângulo isolou-se das campanhas desenvolvimentista da capital e ligou-se ao progresso de sua própria história.
A HISTÓRIA NUNCA SE REPETE; MAS O HOMEM, SEMPRE.
As trilhas do Triângulo foram abertas pelos sertanistas Goianos na captura de escravos foragidos e por bandeirantes em busca de pedras preciosas, oriundos em sua maioria de São Paulo. Com eles vieram as estradas colonizadoras, o progresso e a riqueza econômica, cuja ressonância pode ser encontrada nas obras de diversos autores do século passado como em “Jupira”, ”A Filha do fazendeiro”, “O Garimpeiro”, “Índio Afonso” de Bernardo Guimarães, assim como nas obras de Visconde de Taunay, “Memórias de Viagens” de Luiz D’Alincourt.
O apego à cor local personifica a cultura artística e científica do Triângulo, onde raramente, são encontrados liames de ligação com as demais localidades do Estado. Aqui há omissão oficial e o isolamento geográfico socioeconômico e cultural, enfatiza a jovem escritora Sandra Braga.
Triângulo busca na sua identidade, a história do seu povo, cuja pujança aflora na atitude e gesto dos nativos da região. Hospitaleiros, mas cônscios das suas obrigações sociais, edificaram um passado de luta e progresso.
Sem visualizar as montanhas do Estado das alterosas, tornou-se na planície altivo no direcionamento das suas decisões. Dos bandeirantes paulistas herdou o dom pela incessante busca da misteriosa conquista dos espaços, preenchendo o seu tempo com o desbravamento da terra e no cultivo da genética da raça bovina nacional.
Ouvindo e tomando conhecimento da história do Estado das Minas Gerais, começou a tomar gosto pela sua própria história. E nessa história aprendeu que suas raízes são mais profundas do que toda a mineiridade possível. Aprendeu a amar a idéia da emancipação, pois nela reside todo anseio de um povo, que quer assumir a sua identidade geográfica, socioeconômico, cultural, alicerçada na sua própria história e na grande força da sua gente, “que não espera acontecer. Faz” Por isso que somos um emergente Estado. Mais uma estrela a ser colocada na constelação da nossa “Bandeira”. O sonho que se tornará realidade.
FUNÇÃO ECONOMICA DO TRIÂNGULO - I
A Economia do Triângulo vem obtendo posição importante no cenário sócio político e econômico nacional. É dinâmica e a estrutura socioeconômica tem mostrado alternativas para conviver com a crise, o que resulta no sentimento do poder das elites produtoras, e que faz com que, tenha maior autonomia. Da mesma forma deparamos com constantes pressões no sentido municipalista, o que não deixa de ser um movimento salutar à economia da região.
Das conclusões obtidas, através da análise dos problemas regionais, vemos que as potencialidades do Triângulo, para serem aproveitadas convenientemente precisam ser muito bem administradas. A origem dos problemas da região está na estrutura econômica urbana muito concentrada e na falta de recursos para a maioria dos municípios, como resultante da política tributária nacional.
Entre os municípios do Triângulo (abrangendo o Alto Paranaíba), encontram apenas sete municípios com uma dinâmica econômica capaz de fazer frente às necessidades de uma população urbana com perspectiva de desenvolvimento. São muitos os municípios desprovidos de recursos e destes uma grande parte foram apontados como tendo avançada carência em termos nacionais e entre eles, alguns apresentam perda de população urbana nesta última década.
A preocupação é conseguir uma concentração de esforços para aprimorar e expandir a estrutura urbana, com uma definição de política de investimento, considerando o fluxo migratório e conseqüência de uma distribuição falha de renda.
Assim, a emancipação corrigirá os erros ocasionados pelo descaso da elite política mineira e sobretudo, o abandono pelo poder público estadual concentrado no eixo de Belo Horizonte.
FUNÇÃO ECONOMICA DO TRIÂNGULO - II
A região do emergente Estado do triângulo conta com uma área de 133.600 Km2, abrangendo 80 municípios que reúnem uma população superior a dois milhões de habitantes e mais de 900 mil eleitores.
De acordo com trabalho de avaliação socioeconômico da UFU, o último recenseamento mostrava que a região do Triângulo e Alto Paranaíba contava com 60% dos seus habitantes localizados em área urbana dos sete maiores municípios, ou seja, Uberlândia, Uberaba, Patrocínio, Iturama, Ituiutaba, Araxá e Araguari.
Mas nos últimos anos, a tendência de urbanização ocupou melhor espaço regional, definindo novos centros com grande potencial de crescimento, entre eles, Patos, Monte Carmelo, Tupaciguara, Coromandel, Frutal, Conceição das Alagoas, Nova Ponte, Santa Juliana, Perdizes, Campo Florido e Monte Alegre.
Esse crescimento foi por sua vez possibilitado pelo surgimento de novas agroindústrias que se voltam para a industrialização de alimentos, exploração de riquezas naturais e as monoculturas de exportação, bem como, a expansão canavieira.
O Triângulo poderá torna-se um novo Estado, e o seu potencial levantado apresenta uma região rica, moderna, onde se encontram instalados diversos distritos industriais, geradores de riquezas e de milhares de empregos. Está localizada no Triângulo, precisamente em Uberaba, um do maior pólo químico do Brasil.Frutal colabora com uma grande fábrica de cerveja e Uberlândia com um distrito industrial de grande porte.
Diante do quadro que viabiliza a emancipação, observa-se que o emergente Estado do Triângulo, que é uma região naturalmente rica, e que conquistou a sua própria identidade, mais cedo ou mais tarde, deverá dirigir os seus destinos.
UM SENTIMENTO MAIOR
Haverá um sentimento maior que materializa a vontade popular da gente triângulina?
A resposta é a luta pela emancipação, que é como uma estrela que periodicamente tem a sua luz ofuscada pela sombra da omissão.
Lideres do passado que devotaram os seus ideais em favor da causa triângulina, quando alcançaram o poder político, esqueceram totalmente os interesses da região, virando as costas ao movimento de emancipação. Alguns fizeram da bandeira separatista o tema de suas lutas políticas e alcançaram com estes ideais os objetivos eleitoreiros e esqueceram do sonho maior. Elegeram-se deputados e nunca mais falaram em emancipação, houve um deles que chegou a senador da república, entretanto, no poder esqueceu do compromisso com a emancipação política social e econômica do Triângulo.
Todavia, haverá de existir um sentimento maior impregnado na vontade do povo do emergente Estado do Triângulo, que como a luz, brilhará e iluminará o caminho que leva à concretização do grande sonho.
A nova geração emancipacionista reconhece que os antigos lutadores pela liberdade política, social e territorial da região, fizeram muito, pois mesmo com a omissão dos oportunistas, aqueles que conseguiram projeções políticas à custa do ideário que norteia o movimento de emancipação, a luta continuou no exemplo vivo do Chico Humberto, que em plena constituinte, empunhou com altivez a bandeira da emancipação, ideário que nos força prosseguir a luta de 88 e, a qual, certamente a partir de 2005, continuará forte com a ajuda e vibração da juventude triângulina.
A materialização desse sonho tornará realidade a partir da conscientização de que somente pessoas com o ideal emancipacionista deverão ocupar assento no Congresso, representando a região.
LEVA UM BOI E DEVOLVE UM BIFE
A nossa arrecadação é responsável pela geração de um alto percentual do produto econômico de Minas Gerais. Apesar de todas nossas riquezas e do progresso da região, os impostos aqui recolhidos, as benfeitorias que recebemos são bem inferiores à colaboração que a região dá aos cofres públicos de Minas Gerais, isto é, um dos principais motivos que nos leva a lutar pela emancipação do Estado do Triângulo. Mas há ainda o motivo histórico, pois os povos da campanha do Araxá, compreendidos dos julgados de São Domingos e Desemboque, Triângulo e Alto Paranaíba (divisão feita para enfraquecer o movimento de emancipação), que pertenciam à capitânia de Goiás (Goyaz), sem dizer que antes pertencera à capitânia de São Paulo, e que por obra do alvará de 17 de maio de 1815, passou para Minas Gerais.
Somos triângulino antes e depois de tudo. Assim, o povo do Triângulo está cansado de ver seu dinheiro desviado das suas reais necessidades, para beneficiar outras regiões.
O Triângulo quer que os bens produzidos aqui com o nosso esforço, fiquem aqui, revertendo em benefícios para nós mesmos.
Até mesmo os nossos opositores concordam com o descaso com que a região é tratada. Sempre que o movimento levanta ou na época das eleições, aparecem os políticos das Minas Gerais acenando com futuras obras e recursos. Só promessa veja a história da rodovia 262, sentido Porto Alencastro, que depois de muitas décadas, tornou-se realidade por força da expansão canavieira no município de Campo Florido; os 20 quilômetros que faltam asfaltar entre a 262 e a cidade de Perdizes,- estrada que consta como asfaltada -, todavia não tem nem um metro de asfalto. O pára-quedista somente vem ao Triângulo fazer promessas.
Leva um boi e devolve um bife.
Quais foram às vantagens, em votar em Itamar? Em Aécio?
Apesar de que o governador tenha recebido o Estado das Minas Gerais das mãos de Eduardo Azeredo completamente “quebrado”, pois aquele governador “sucatou” o Estado, nós do Triângulo não tivemos nenhuma vantagem, nem com Azeredo e nem com Itamar e muito menos com Aécio Neves.
Nós nunca tivemos poder político, não temos e nunca vamos ter se continuarmos a proceder desta maneira, porque? Por que o potencial de voto de Minas é maior do que o do Triângulo. O comando político fica centralizado na região metropolitana de Belo Horizonte. A participação do Triângulo no governo sempre foi inexistente e continuará a ser sempre assim. Leva um boi e devolve um bife.
EXEMPLO NACIONAL
O Estado do Triângulo será exemplo nacional na descentralização do poder e na terceirização dos serviços públicos, buscando o aperfeiçoamento da máquina administrativa no sentido de servir democraticamente à sua gente, como um governo perto do povo, sem os vícios das atuais administrações e o empreguismo constante do interesse partidário e daqueles que ocupam o poder.
O Emergente Estado do Triângulo possui características próprias e regionais, que certamente, em uma administração correta, sem o fisiologismo vigente, e não direcionado para os interesses pessoais ou de grupos, com transparência e honestidade, obviamente, dará certo.
Basta vontade política e patriotismo a fim de que com uma divisão territorial, com governos mais próximos do seu povo, atendendo as peculiaridades regionais e características culturais, de cada região, para que haja uma consolidação da chamada brasilidade, progresso conjunto que facilitará administrações populares, dirigidas ao bem estar social, gerando riquezas e engrandecendo o Brasil.
O Estado do Triângulo é o embrião que demonstrará a possibilidade de um País grande, e de primeiro mundo.
A LUTA CONTINUA
É necessário um trabalho conjunto das Câmaras de Vereadores do Triângulo e Alto Paranaíba, visando à criação do Estado. A atual Constituição Federal, em dispositivo legal, ampara a redivisão territorial pátrio e no momento existem dois trabalhos no Congresso Nacional, um de autoria do ex-deputado constituinte Chico Humberto, que se encontra adormecido no Senado Federal e outro de autoria do Deputado Zaire Rezende, que, ainda se encontra em estudo na Câmara Federal.
Os emancipacionistas do Triângulo devem pressionar as suas Câmaras de Vereadores, com uma cobrança de posição favorável à pretensão dos triângulinos, e essa posição seja levada ao conhecimento do Congresso Nacional, em ofícios, telegramas direcionados aos deputados federais da região. Este procedimento, certamente, liderado novamente pelos vereadores, levantará a chama da liberdade e o espírito emancipacionista do nosso povo.
A forma mais sensata de pressionar os vereadores deverá partir dos segmentos empresariais, dos professores, estudantes, presidentes de sindicatos patronais e de trabalhadores, enfim qualquer cidadão triângulino, pois essa luta não tem dono, qualquer um, deverá dirigir-se à Câmara de Vereadores da sua cidade e pedir ao seu vereador ou ao de sua preferência partidária, que assuma compromisso de remeter ao Congresso uma mensagem de seus pares em favor da emancipação do Estado do Triângulo. E, assim, a luta continua.
Mesmo diante de vários retrocessos ocasionados pela força política dos mineiros, a gente triângulina continua firme no propósito de ver um dia materializada a redivisão territorial do Brasil, com a concreta emancipação da região do Triângulo e Alto Paranaíba.
Agora, mais do que nunca, a luta continua. Cabe à juventude o papel principal nesta luta, ela deve continuar a expandir a voz dos estudantes, dos professores nos colégios, nas universidades, na vontade dos operários, nas fábricas e nas reuniões sindicais; as mulheres triângulinas devem buscar em seus contatos diários, a seiva necessária para transmitir o grande sonho para os seus filhos; a emancipação do Estado do triângulo. Pôr menor que seja a participação nesta luta, ela soma no contexto final, para a realização da vontade da nossa gente.
A luta continua. Ela não é somente minha é de toda a sociedade do triângulo e alto Paranaíba, é a semente plantada há mais de 168 anos, pela gente de São Domingos do Araxá e que sem sombra de dúvida é a arvore frondosa do emergente Estado do triângulo.
MAIORIDADE
Respeitar o passado, investir no presente e avançar para o futuro.
A história mostra a trajetória da luta dos triângulinos, que há 168 anos, vêm buscando a sua emancipação política. A redivisão territorial do Brasil, mais cedo ou mais tarde haverá de vir, e a gente triângulina alcançará o seu objetivo maior, que é a emancipação.
O passado histórico avaliza a luta e a chama da liberdade jamais teve o brilho do momento, uma vez que conscientemente o povo do Triângulo quer conquistar a sua independência política e socioeconômica.
Investir na emancipação do Triângulo é a máxima daqueles que querem uma renda per-capita maior, e oportunidades para toda gente que construiu a grandeza econômica do emergente Estado do Triângulo.
O Estado do Triângulo será um estado moderno e organizado, sem as mazelas e vícios dos atuais Estados constituídos. O povo da região está de olhos abertos para o futuro, uma vez que emancipado, o emergente Estado contribuirá com o bem estar social e com uma melhor distribuição da renda à sua população.
TRIÂNGULO.
Também minha luta.
Um sonho que poderá tornar-se uma realidade, não há sonho que um dia não se materialize na vontade daqueles que sonham.
Há 168 anos, a gente que ocupa esse espaço brasileiro denominado Triângulo sonha com a sua emancipação.
É como um vento que sopra constantemente, com uma renovação permanente, lideres vão sendo substituídos na condução da chama libertária. É como em uma olimpíada, de mãos em mãos a chama da liberdade vai sendo conduzida nesta batalha em busca da separação, todos os obstáculos vão sendo ultrapassados, alguns com facilidades e outros com sacrifícios enormes, entretanto, o contingente de adeptos vai multiplicando a cada dia que passa.
Hoje podemos afirmar, não há só um sonho. O Estado do Triângulo existe...Somos nós.
EVOLUÇÃO DA LUTA PELA EMANCIPAÇÃO
Depois de estar dormitando por dezessete anos, - um pequeno cochilo ou pausa -, a luta de mais de um século e meio, reacende de forma expressiva sob o comando do jovem vereador Tony Carlos, que reeleito pelo PL de Uberaba, assume de maneira singular a Presidência da Mesa Diretora da Câmara e logo toma para si a liderança de um movimento regional em favor da separação do Triângulo. Luta que após a lastimável morte do Ney Martins Junqueira, timidamente teve continuidade, pelas ondas da Rádio Terra FM, de Uberaba, que não deixou de vincular o sonho daqueles que habitam está região.
O marco que desfraldou o movimento em 2005, teve início com a provocação apócrifa inserida no jornal da Manhã do dia 30 de junho de 2005, com o título: “A Divisão do Estado de Minas Gerais – Criação do Estado do Triângulo”, onde de maneira fascista, alguém escondido sob a denominação de “núcleo” do PNL – sigla desconhecida -, covardemente denominou os lideres do movimento da emancipação de “mentes desocupadas”, que teve no mesmo periódico nas datas de 01 e 02 de julho, respostas assinadas por Tony Carlos e Guido Bilharinho
.
O TRIÂNGULO VIVE
Com relação ao texto publicado no Jornal da Manhã sobre o movimento em prol da Criação do Estado do Triângulo, Tony Carlos, o homem público que tomou a responsabilidade de empunhar novamente a bandeira da emancipação: esclarece:
“Minas são muitas.” Quem nunca ouviu essa expressão? A grande questão é que Minas são muitas para poucos. Combater a idéia da redivisão territorial brasileira sob o argumento de se preservar o que se chamou de “símbolos da nacionalidade”, além de pobre, se torna quase fascista. O Estado do Triângulo deve existir, sim, não só por questões culturais, históricas e evidentemente econômicas, mas principalmente por ser à busca de um povo por sua identidade. Não há quem possa admitir que o Triângulo possua laços estreitos com Minas Gerais, não é verdade. O dia-a-dia de cada cidadão do Triângulo Mineiro demonstra isso. No entanto, vamos deixar de lado essas questões, digamos mais subjetivas, e passaremos a números e fatos que comprovem a necessidade da emancipação. No Brasil de pouco mais de quinhentos anos, a divisão territorial se deu predominantemente por razões geográficas e políticas. Ou seja, não foi pensada.
Nos Estados Unidos são cinqüenta Estado divididos em uma área de 9.629,091km2. No Brasil temos vinte e sete Estados em uma área de 8.511,965km2 ( o Alaska possui 10717,854km2) ou seja, temos em área contínua um território comparável com o norte americano e uma divisão territorial pífia, de quase 50% menor do que a deles (27 estados contra 50). Na pratica, temos Estados enormes, que são verdadeiros “elefantes brancos” e que se mostram inoperantes e incapazes de atender às necessidades de sua população.
Para os que argumentam que Minas Gerais iria à falência sem o Triângulo, os números mostram que não. O que move a economia de Minas é a região metropolitana de Belo Horizonte, onde são produzidos 65% do ICMS do Estado e onde residem 30% dos mineiros. O Triângulo tem 10% da população e 12% do ICMS, portanto, viveríamos muito bem sem Minas e Minas viveria sem o Triângulo. A grande verdade é que hoje o Triângulo recebe de Minas menos da metade do que arrecada. Com a emancipação, os recursos seriam investidos em sua totalidade aqui, gerenciados por triângulinos, e não por burocratas da distante Belo Horizonte, capital do estado vizinho.
Para apenas resumir com relação a números, o Estado do Triângulo seria hoje maior que nove Estados brasileiros, entre eles Pernambuco, Rio de Janeiro e Santa Catarina, além de: maior região do interior do Estado, maior IPI por indústria do país; região de maior arrecadação do interior do estado; seu PIB o colocaria entre os 10 maiores estados do país; maior centro atacadista das 03 Américas; maior potencial hidroelétrico do mundo; gera 70% da energia da região Sudeste; maior produtor da América Latina de fertilizantes fosfatados; entre os cinco maiores produtores nacionais de grãos (soja, milho e café); maior rebanho per-capita do estado; maior produtor mundial de nióbio ( material indispensável para a fabricação de automóveis e foguetes espaciais).
Por fim, é importante salientar que o Triângulo nunca esteve desabitado.Não reconhecer os indígenas, os bravios Caiapós, como habitantes da região é outra face da segregação fascista e imperialista dos que sustentam tais erros históricos. Com certeza, os verdadeiros primitivos foram de fato os maus colonizadores, e a história mostram isso.
No mais, a trajetória do Triângulo defende a memória do “triângulino” de coração Ney Martins Junqueira. Não reconhecer a importância de homens como Ney para a comunidade é esquecer da importância que tantos outros imigrantes tiveram e tem no desenvolvimento do Brasil, alemães, italianos, japoneses e, no caso especifico do Triângulo, em especial os Libaneses, ou seja, mais uma vez a face da segregação se torna presente.
A grande verdade é que o movimento emancipacionista incomoda por ser legítimo, por ser um ideal cada vez mais próximo da realidade.
Os alicerces da causa são vários e a semente foi plantada por Fortunato Botelho, há 168 anos, em São Domingos do Araxá.
Semente que vem sendo regada ao longo da história por homens de valor como, Guido Bilharinho, João Gilberto Rodrigues da Cunha, Ney Junqueira entre tantos outros. Que nosso país não se perca mais em falsos patriotismos “terceiro-mundistas”, que possamos aliar o ideal à realidade presente, e assim podermos modificar, avançar e nos tornarmos de fato uma nação madura, que não teme mudanças, por não temer o progresso para os seus. VIVA!!!!
(Tony Carlos)
ESTADO DO TRIÂNGULO - RESTABELECENDO A VERDADE
(Guido Bilharinho)
No Jornal da Manhã , do dia 30 último, sob o título “A Divisão do Estado de Minas Gerais – Criação do Estado do Triângulo”, foi publicada matéria atinente ao tema com referências pessoais a nós.
Antes de comentar os equívocos que recheiam a referida matéria, registre-se como fato positivo a volta da questão a debate, não obstante, nesse caso, repleta de falácias e acobertada sob a denominação de organização partidária destituída, ao que consta, de registro público oficial e, por isso, sem personalidade jurídica.
De início, consigne-se que, além dos equívocos, as referências nominais e a afirmação de que “são idéias que surgiram em mentes desocupadas (sic) em busca de notoriedade fácil” configuram ofensas pessoais.
O debate da questão é útil e indispensável, mas, desde que seja adstrito a argumentos, fatos, razões e ideais.
A denominação “Triângulo Mineiro”, ao contrário do afirmado, decorreu de que, à época de sua criação, na década de 1870, pelo francês Henrique Raimundo Dês Genettes, a região, conhecida por “Sertão da Farinha Podre”, estava, desde abril de 1816, anexada à então província de Minas Gerais e ter o formato de um triângulo. Nada mais natural, pois, que denominá-la dessa forma, como poderia sê-lo, se subordinada estivesse a outro de seus vizinhos, de “Triângulo Paulista” ou “Triângulo Goiano”.
A região do Triângulo não “foi incluída em vários ‘desenhos’ de mapas”, como alegado. Os mapas é que decorreram, todos eles, inclusive, os das capitanias hereditárias, das reais divisões administrativas da colônia e, posteriormente, do país. Não é, pois, mero formalismo, porém, tradução de situações concretas, com as existências das províncias de São Paulo, Minas e Goiás, que não foram e não são meros “desenhos de mapas”.
Refoge, também, ao debate objetivo e racional, no indigitado texto, dizer-se que nós afirmamos “que o Triângulo já pertenceu a Goiás e a São Paulo, o que não é verdade”.É verdade, sim. Não só o Triângulo pertenceu a São Paulo, como, também, Minas, Goiás e outros estados, sendo que Minas dele só se emancipou em 1720, por meio de alvará de outro D. João, o V, de 02 de dezembro daquele ano, iniciando-se, a partir daí, a divisão territorial do país, em curso.
Quando Minas separou-se de São Paulo, o Triângulo continuou paulista até 1748, ano em que Goiás, por sua vez, emancipou-se levando consigo nosso território, que foi Goiano até 1816, quando D.João VI o separou e desanexou de Goiás (termos usados no alvará de abril desse ano). O que é separado e desanexado de algo, o é por dele fazer parte. Exemplificando: as contratações de Pires de Campos para combater os índios Caiapós e afastá-los da estrada do Anhanguera, uma foi efetuada pelo governo de São Paulo e outra pelo de Goiás.
A nomeação do major Eustáquio como regente dos índios da região foi procedida pelo governador de Goiás. Minas nada teve a ver com isso e com tudo mais até abril de 1816, a não ser desentendimentos e escaramuças em sua fronteira com Goiás, ou seja, com o Triângulo.
O argumento de que o Triângulo foi habitado por mineiros e, por isso, “no sentido humano, nunca pertenceu a outro estado”é despropositado. A uma, por que se os mineiros, com o esgotamento das minas e a deterioração de suas terras foram de lá tangidos também para Goiás e interior de São Paulo, pelo que, a se acolhê-lo, a esse argumento, essas regiões também deveriam pertencer a Minas. A duas, porque os bandeirantes paulistas percorreram e estiveram na região, onde abriram a primeira estrada, antes dos mineiros.
Ademais, o argumento “humano”ou de povoamento para justificar a subordinação administrativa do Triângulo ao Estado de Minas, utilizado pelo incógnito autor do artigo ora contestado, é contraditório, vez que justificaria até mesmo a permanente subordinação do Brasil a Portugal, porque foram os portugueses os europeus que o desbravaram, exploraram e habitaram.
Se ser mineiro, como também se afirma, lá de Minas Gerais, é um “estado de espírito”, ser triângulino também o é.
Não procede a alegação, tão falaciosa quanto as demais inseridas pelo autor ( não identificado) no texto ora questionado, de que o Triângulo como parte “mais desenvolvida do estado de Minas”, auxilia (sic) as regiões menos produtivas. Primeiro porque o Triângulo não é a região mais desenvolvida do estado. Segundo, porque, mesmo se o fosse, a obrigação, não de “auxiliar” essas regiões, mas, de administrá-las visando seu desenvolvimento, não é do
Triângulo, porém, de seus próprios órgãos públicos municipais ( prefeituras e câmaras de vereadores) e do governo mineiro.
O Triângulo, por sinal, nem ao menos integra a área lingüística “mineira”e, sim, a “sulista”, conforme estudos de Antenor Nascente.
Já a alusão depreciativa a Nei Junqueira, um dos grandes batalhadores pela emancipação do Triângulo, é impertinente e também despropositada, além de discriminatória e preconceituosa por parte de quem nem ao menos assinou o texto, porque são triângulinos todos os que aqui nascem (mesmo que daqui tenham transferido seu domicilio e não mais contribuído para o desenvolvimento da região), como aqueles que para aqui vieram, trabalharam, casaram-se, constituíram família, como Nei e tantos outros, atuando efetivamente, e não apenas emocionalmente, para o progresso regional. É uma honra para Uberaba e para o Triângulo que Nei tenha elegido essa região para viver, trabalhar e produzir. Lembre-se que Minas teve três governadores oriundos de outros estados: Francelino Pereira, Newton Cardoso e Itamar Franco.
Além disso, Nei não apresentou “projeto”para dividir o seu estado natal, São Paulo, e nem apresentou em Minas, por que simplesmente não foi deputado nem lá nem cá. O que fez _ e muito fez nessa e em várias áreas de atividades – foi apoiar a idéia, chefiar, junto com outros, tão triângulinos como ele, desde 1988, a campanha emancipacionista e incentivar os projetos de leis apresentados no Congresso Nacional.
O debate, pois, como dito, deve cingir-se a argumentos, fatos, idéias e teses, não a posicionamentos pessoais. Quem o desvia, como o desconhecido autor do citado texto, de plano já desqualifica. Por fim, sua própria admissão por duas vezes de que no futuro esses estados (Minas, São Paulo e Rio Grande do Sul) poderão ser divididos, pôe por terra todos os seus argumentos, mesmo levando-se em conta que já deveriam estar divididos há muito tempo.
NOVO CICLO
Acontece agora um novo ciclo e certamente a estratégia tem que ser outra. Há dezessete anos passados usou-se de um processo de convencimento voltado para uma assembléia constituinte, que de certa maneira influenciou grupos políticos com interesses eleitorais. Hoje não há explicitamente esta influência, mas o espírito emancipacionista adormecido que acorda de forma preguiçosa emas com a vontade de efetivar um trabalho concreto, pois se naquele momento tinha-se a esperança de transformarmos em mais uma estrela na bandeira nacional, hoje temos a certeza de que somos um emergente Estado.
Naquela oportunidade, usou-se de um trabalho de cima para baixo. Envolveu-se um homem de comunicação no movimento, para a formação da mídia e outras celebridades para um “lobby” junto ao Congresso Nacional.
Este novo ciclo tem como base um trabalho de baixo para cima. Talvez um pouco mais longo. Todavia com a garantia da realização do grande sonho.
A memória do movimento, transcrita no presente trabalho deverá ser a ferramenta principal para reacender a chama da liberdade.
CONCLAMAR
Para tanto conclama aos professores de História das Escolas Públicas ou Particulares na abrangência do emergente estado, dentro da carga horária da sua escola que utilizem o presente livro para a formação de grupos de discussão e organização de núcleo separatista, com opinião e independência na sua constituição e que em cada município constante do emergente Estado, a população possa participar dessa discussão com os estudantes.
UM MOVIMENTO SEM DONO
O atual movimento não tem dono, todos nós, que somos a existência do Estado do Triângulo, temos a responsabilidade pelo movimento e se cada um de nós – ou o nosso núcleo – em nossa cidade, levarmos a discussão para os sindicados, para as universidades, para as fábricas e para a zona rural, para dentro de nossas casas estaremos formatando o nosso sonho.
Este pequeno trabalho é a ferramenta para a formação de novos lideres para o movimento. Você é capaz “quem sabe faz a hora e não espera acontecer...)
O ESTADO DO TRIÂNGULO EXISTE
SOMOS NÓS
FONTES CONSULTADAS: TRIÂNGULO REVISTA, EDIÇÕES DE 1987 E 1988 – JORNAL DA MANHÃ, EDIÇÕES DE 30/06 E 01, 02/O7/2005 - TRABALHO ORGANIZADO PELA ADESG – CICLO DE 1989 – UBERABA – MINAS GERAIS
0 comentários:
Postar um comentário