Prata é um município brasileiro localizado no Estado de Minas Gerais. Com uma população de 25.805 habitantes, detém o maior rebanho bovino do Estado e a segunda maior produção de leite do Triângulo Mineiro. Prata é conhecido nacionalmente como a "Capital do Leite".Índice [esconder]
1 História
2 Geografia
2.1 Clima
2.2 Relevo e Vegetação
2.3 Hidrografia
3 Economia
4 Principais rodovias
5 Atrações turísticas
6 Paleontologia
7 Imagens
8 Referências
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História
As origens da fundação do Município de Prata prendem-se às primeiras entradas de bandeirantes e aventureiros na região do Sertão da Farinha Podre, hoje denominada Triângulo Mineiro, no Estado de Minas Gerais, com o objetivo de encontrar terras propícias a agricultura e criação de gado.
Entre os anos de 1810 e 1813, o sargento-mor Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira, fundador de Uberaba, fez varias incursões no território do atual Município de Prata, demarcando sesmarias para si e seus companheiros. Posteriormente, Antônio Eustáquio e outros sesmeiros doaram o terreno para a construção do arraial que, em 1839, foi elevado à categoria de distrito de paz, com a denominação de Nossa Senhora do Carmo dos Morrinhos.
Desenvolvendo-se rapidamente, o povoado recebeu foros de vila em 1848.
O distrito de paz foi criado em 13 de março de 1839, pela Lei n.° 125, com a denominação de Nossa Senhora do Carmo dos Morrinhos. No ano seguinte, a Resolução n.° 164, de 1.° de março, criou a freguesia. O Município, criado pela Lei n.° 363, de 30 de setembro de 1848, e supresso pela de n. 472, de 31 de maio de 1850, foi restaurado com o nome de Prata e território desmembrado do município de Uberaba, por força da Lei n.° 668, de 27 de abril de 1854. Verificou-se a reinstalação a 2 de dezembro de 1855. A Lei n.° 2 002, de 15 de novembro de 1873, concedeu foros de cidade à sede municipal. A comarca de Prata, criada pela Lei n.° 1 740, de 8 de outubro de 1870, e extinta pela de n.° 375, de 19 de setembro de 1903, foi restaurada em cumprimento a Lei n.° 663, de 18 de setembro de 1903. A reinstalação realizou-se no dia 18 de outubro de 1918, de acordo com o Decreto n.° 5 095, de 3 de setembro desse ano.
Foi o terceiro núcleo urbano a se formar no Triângulo Mineiro (Araxá e Uberaba foram os primeiros). De Prata surgiram todas as cidades do Pontal do Triângulo (Ituiutaba, Frutal, Campina Verde, Santa Vitória, Iturama, Monte Alegre e outras).
É formado pelos distritos de Prata (sede), Jardinésia, Monjolinho e Patrimônio.
Historiadores asseguram que em Prata, por volta do ano de 1857, pela primeira vez, houve um movimento pela emancipação do Triângulo Mineiro do Estado de Minas Gerais, sob o argumento de que o governo mineiro pouco fazia pelo desenvolvimento da região, pois não investia em estradas, saúde e educação, relegando a região ao esquecimento.
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Geografia
O município de Prata é o maior em extensão territorial do Triângulo Mineiro. A cidade de Prata está situada às margens da BR-153 (Transbrasiliana), no centro geográfico da região. Com a latitude de 19°18'27" sul e longitude de 48°55'22" oeste, estando a uma altitude de 631 metros.
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ClimaGráfico climático para Prata (MG)
(2002 - 2010)
J F M A M J J A S O N D
334
31
22
195
33
22
183
32
21
108
31
20
40
29
15
8.7
28
14
5.1
29
15
14
32
16
34
34
19
111
35
21
168
33
21
287
32
22
Temperaturas em °C • Precipitações em mm
Fonte: Posto Climatológico da Casa Amarela - Prata (MG) - 19º18'S, 48º55'W, 655m.
Seu clima predominante é o tropical semi-úmido, com chuvas concentradas no verão (dezembro-março) e seca de inverno (maio-agosto). A Temperatura média anual na cidade é de 24°C, mínimas absolutas de 7°C no inverno e máximas absolutas de 40°C na primavera. A pluviosidade média anual fica entorno de 1.450 mm. No verão a temperatura média varia de 22,0ºC à 32,0ºC e a precipitação total de 816 mm (55% das chuvas do ano). No outono a temperatura cai e varia de 18,5ºC à 30,5ºC, com precipitação total de 331 mm (22,3% das chuvas do ano). O inverno é caracterizado por temperaturas mínimas em torno de 14,5ºC e máximas de 28,5ºC, com uma grande amplitude térmica diária em torno de 14ºC, a precipitação total é inferior a 30 mm (1,8% das chuvas do ano). A primavera é marcada por altas temperaturas (o mês de outubro registra as maiores temperaturas do ano) que variam de 20,5ºC à 34,0ºC e a precipitação total é de 313 mm (20,9% das chuvas do ano) com ocorrências de tempestades. Pode-se classifiar também como clima semi árido.
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Relevo e Vegetação
O relevo é Planalto sedimentar medianamente dissecado na maior parte, relevos residuais a oeste e planície fluvial a leste. Altitude máxima: 866 m - local: Chapadão do Prata (extremo leste do município na divisa com Veríssimo). Altitude mínima: 492 m - local: Rio Verde ou Feio (divisa com Campina Verde). A vegetação é o Cerrado (predominantemente) e a Floresta Estacional Semi-decídua (Mata Atlântica) no vale dos principais rios.
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Hidrografia
O município está inserido na bacia platina, a segunda maior bacia hidrográfica do continente sul americano, e dividido em duas sub-bacias:Rio Grande - rio Verde ou Feio, ribeirão Boa Vista
Rio Paranaíba - rio Tejuco, rio da Prata, rio Douradinho, rio Cocal, rio das Pedras, rio do Peixe
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Economia
Atividades econômicas: Pecuária (bovinos-352.984 cabeças, suínos-6.766 cabeças), Agricultura (cana de açucar-2.830 ha, laranja-3.230 ha, milho-1.290 ha, soja-6.000 ha), Indústria (laticínios, alimentícia, química, madeira para fabricação de lápis, transformação), reflorestamento (pinus, eucalipto e seringueira).
Principais Indústrias: Faber-Castell, Atta Capiguara S/A, COOPRATA.
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Principais rodovias
BR-153 (Transbrasiliana) - ligação com Goiânia ao norte, e São Paulo ao sul.
MGT-497 - ligação com Campo Grande (MS) a sudoeste, e Uberlândia a nordeste.
BR-455 - ligação do Distrito de Patrimônio com Uberlândia e Campo Florido.
Distâncias
75 km de Uberlândia
100 km de Frutal
99 km de Ituiutaba
141 km de Uberaba
308 km de Goiânia
500 km de Brasília
632 km de São Paulo
640 km de Belo Horizonte
908 km de Curitiba
980 km do Rio de Janeiro
1.000 km de Cuiabá
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Atrações turísticas
A principal atração turística do município fica na região da Serra da Boa Vista, as Pinturas Rupestres datadas de mais de 10.000 anos situadas em um paredão da serra na fazenda do Sr. Ideon. É preciso fazer uma caminhada de 30 min até o local por uma trilha de médio esforço. Na região também fica um sítio paleontológico com fósseis de dinossauros saurópodes, além de vários mirantes, o principal em cima da serra da Boa Vista onde a vista é exuberante.
Outra atração turística é o Morrinho, situado na Serra Seio de Moça a 4 km do centro da cidade, onde a estátua de Nossa Senhora do Carmo foi erguida em 1995. No mirante do Morrinho o visitante tem uma vista de toda a cidade.
Os rios da Prata e Tejuco possuem áreas de lazer para banho e descanso. Os afluentes do Tejuco possuem cachoeiras sobre rochas de basalto, as principais são: Corumbá, no córrego Corumbá a 26 km da cidade sentido Trevão e a do Salto no Hotel Fazenda Solar dos Ipês, a 28 km da cidade sentido Uberlândia.
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Paleontologia
Neste Município foram localizados fósseis do maior dinossauro encontrado no Brasil, que viveu há mais de 80 milhões de anos na região da Serra da Boa Vista, distante cerca de 40 km da cidade de Prata, cujo nome científico foi denominado de Maxakalisaurus topai, e popularmente escolhido de DINOPRATA, após votação popular, valendo destacar que a réplica do titanossauro (montada em resina), com cerca de 13 metros de comprimento, está exposta no Museu Nacional no Rio de Janeiro, desde 28 de agosto de 2006 (veja importante e detalhado boletim oficial do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre a descoberta e as pesquisas lideradas pelo Professor e Paleontólogo Alexander Kellner):[1]
Maxakalisaurus
- "Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro descreveram e remontaram o esqueleto fossilizado encontrado no município de Prata, no Triângulo Mineiro, no Estado de Minas Gerais. - Um gigante acaba de ser adicionado à lista ainda modesta mas crescente dos dinossauros brasileiros. Com 13 metros de comprimento e nove toneladas, o Maxakalisaurus topai é o maior dino descrito no país, afirmam os pesquisadores do Rio de Janeiro que apresentaram o bicho ao público ontem. - Junto com a descrição da nova espécie, o paleontólogo Alexander Kellner e seus colegas inauguraram uma reconstrução completa do esqueleto do grande réptil, exposta no Museu Nacional da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Ao lado da réplica de resina o público pode ver também alguns dos fósseis reais do bicho. - "Com toda certeza é o maior dinossauro com nome e sobrenome científicos no Brasil, embora existam materiais maiores que ainda não foram devidamente estudados", diz Kellner, autor da pesquisa ao lado de colaboradores do Museu Nacional e do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral). A descrição do animal está na edição deste mês da revista científica "Boletim do Museu Nacional". - Quinto elemento - Com estimados 80 milhões de anos de idade, o M. topai foi um comedor de plantas da mesma linhagem que gerou os maiores animais terrestres de todos os tempos. Quatro de seus "primos" do grupo dos titanossauros já tinham sido identificados no Brasil e, tal como ele, vieram do conjunto geológico conhecido como grupo Bauru, que engloba boa parte de Minas Gerais e São Paulo. - Seu esqueleto maciço foi exposto pela primeira vez durante a construção de uma estrada na Serra da Boa Vista . Foi preciso trabalhar de 1998 a 2002 para extrair seis toneladas de fóssil. - "Só as vértebras dorsais pesavam uma tonelada e meia", conta Kellner. Parte do material fóssil estava articulado (na posição em que se encontraria em vida), com alguns outros pedaços mais espalhados. Segundo o paleontólogo, isso sugere a presença de dois indivíduos da espécie, embora seja difícil confirmar isso. O nome da espécie foi escolhido para homenagear os índios maxacalis, de Minas, e uma divindade da etnia, chamada Topa. - Ainda que incompleto, o fóssil traz bastante informação sobre a espécie: há vértebras do pescoço até o rabo, um pedaço do maxilar com dentes, ossos das patas traseiras e dianteiras e do peito. De lambuja, o grupo achou também grandes osteodermas -calombos ósseos que recobriam o couro do animal e são típicos dos titanossauros. - Apesar do tamanho, o bicho mostra que a vida no Cretáceo, a última fase da Era dos Dinossauros, não era mole para herbívoros. Alguns de seus ossos fósseis têm marcas de dentadas, provavelmente deixados por carnívoros que o atacaram ou comeram sua carcaça. - Pode ser que o M. topai tenha tido parentes argentinos. Traços como os osteodermas volumosos e as vértebras da cauda achatadas o aproximam do grupo dos saltassaurinos, achados na Argentina, "embora ele provavelmente fosse mais primitivo que eles", diz Kellner. - O trabalho teve apoio da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Os pesquisadores querem lançar um concurso para "batizar" o esqueleto, que já está em exposição no Museu Nacional. (fonte jornalista Reinaldo José Lopes, Folha de S. Paulo - 29.08.2006, pág. A14)"
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Imagens
Mais imagens no Panoramio: http://www.panoramio.com/map/#lt=-19.2989755&ln=-48.9143359&z=4&k=2
Referências
↑ a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
↑ Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
↑ Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.
3 comentários:
Parabéns .lugares maravilhosos.
Prazer coleção. Realmente inspira quando vemos nesta lista. Espero que estarão na lista algum dia.
Meu nome é Wander Goncalves Vieira, meus avós paternos foram Jerônimo Goncalves Vieira eCecília Cândida de Jesus,pioneiros desta amada cidade do Prata.Mesmo não conhecendo, tenho por ela grande amor misturado com saudades,minha existência começa aí.Que Deus sempre abenço a cidade do Prata!wg-vieira@bol.com.br
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